Value-Based Healthcare: você já ouviu falar nesse palavrão em inglês? Numa tradução mais próxima, podemos chamar de cuidados de saúde baseados em valor – ou, no caso, resultado.
Para facilitar a vida – a de quem vos escreve e a sua –, daqui pra frente vamos tratar do termo por sua sigla: VBHC.
Na prática, essas quatro letras representam uma enorme transformação no cenário da saúde no Brasil, já que a remuneração de médicos e hospitais é baseada em qualidade e não quantidade.
O conceito de VBHC foi proposto em 2006 por Michael Porter, economista da Escola de Negócios de Harvard, que introduziu a ideia de que os sistemas de saúde devem focar em entregar o melhor resultado em saúde com a melhor experiência para a pessoa – de uma consulta simples a uma internação hospitalar.
"No modelo atual, não conseguimos nos certificar se entregamos saúde às pessoas. Não existiam indicadores ou métricas que quantifiquem a entrega de saúde. O VBHC traz a necessidade de definir esses indicadores com transparência", explica Mario Ferretti, Diretor Médico da Alice.
Quando começamos a entender o VBHC, logo vêm as comparações com o modelo usado pelas operadoras de planos de saúde atualmente – afinal, quais são as diferenças fundamentais entre eles?
No modelo tradicional, que é o fee for service (em tradução livre, taxa por serviço), as operadoras remuneram médicos e hospitais de acordo com a quantidade de procedimentos realizados, o que, às vezes, pode ocorrer em detrimento da qualidade. A gente explica.
Já no VBHC, a remuneração é variável, sendo proporcional à qualidade do atendimento/procedimento realizado {e não quantidade!}; o que é mais justo tanto para quem paga, no caso as operadoras de saúde, quanto para quem recebe, os profissionais da saúde e hospitais. Além disso, é bom para as pessoas, já que o modelo evita pedidos de exames ou procedimentos desnecessários.
Agora, vamos contar como o VBHC funciona na Alice.
Alice é pioneira em VBHC no Brasil. Sim! Estamos falando do primeiro modelo efetivo de saúde baseada em resultados do país. Muito se discute sobre o tema, mas como são necessários diversos recursos e tecnologia para colocá-lo em prática, nem sempre as empresas conseguem.
Para deixar esse papo mais fácil de entender, vamos apresentar os quatro pilares sobre os quais a Alice atua dentro do seu modelo de VBHC e que norteiam seu negócio. São eles:
A regra aqui é clara: qualidade é mais importante do que quantidade!
Na Alice, o modelo de remuneração deve ter dois componentes: um fixo e um variável. A remuneração fixa por condição ou por vida elimina o incentivo da realização de serviços desnecessários.
Além disso, Alice prevê a mensuração de indicadores objetivos de qualidade (que se referem a desfecho clínico e experiência) e aderência (que diz respeito ao alinhamento aos protocolos clínicos baseados em evidência), que irão compor a componente variável.
"Não existe VBHC se não houver mensuração de qualidade. Apesar de termos os melhores parceiros, também estamos construindo incentivos financeiros para que eles entreguem o melhor cuidado", explica Gabi Brazão, diretora da Comunidade Médica Alice.
No boxe que você encontra no fim deste texto, explicamos quais são esses indicadores tão importantes.
Na Alice, a saúde anda de mãos dadas com a tecnologia. Dentro do conceito de VBHC isso significa que a Integração de Dados vai tornar o atendimento ainda melhor e mais ágil. Esses dados incluem todo o histórico de saúde do membro, como: interações com o Time de Saúde, exames, resumo de alta do pronto-socorro e de internação.
Neste pilar, os dados clínicos são integrados com nossos parceiros justamente para entregar o melhor cuidado para nossos membros. Quando a pessoa chega em um especialista ou ao hospital não precisará repetir toda sua história, já que o médico já recebe de antemão o caso do membro. A mesma coisa acontece quando a pessoa sai do especialista ou do hospital: a Alice entra para monitorar o pós e incentivar a pessoa a seguir o que foi pedido pelo médico.
Colada à Integração de Dados, a Assistencial mira especificamente no corpo clínico, com definição, em conjunto com os parceiros, de equipe médica referência para internação clínica.
"Estamos construindo com os parceiros protocolos clínicos baseados em evidência científica. Além disso, vamos garantir que membros Alice sempre sejam cuidados por equipes integradas com o Time de Saúde", conta Mario Ferretti.
Na prática, se um membro Alice precisar de internação, o Time de Saúde, junto com o hospital, é responsável pela admissão da pessoa no hospital, bem como pela assinatura da alta.
"Dessa forma, não só o cuidado será pautado em evidência científica como também será alinhado com o time da pessoa, sem perda de informação ou de personalização. Além disso, estamos construindo um fluxo em que nossos membros sempre serão internados por médicos do Time de Saúde da Alice. Ou seja, é alguém que o conhece bem e que irá acompanhar toda sua jornada, inclusive no pós", complementa Gabi.
"A gente também está construindo com os nossos parceiros processos muito mais simples e ágeis de autorização, eliminando qualquer fricção. Se o membro precisa de cuidado, ele precisa ter o cuidado o mais rápido possível", conta Gabi.
Isso significa que, com a Integração Operacional, a Alice vai dar fim à burocracia para aprovar procedimentos, cirurgias e internações. Por exemplo, se um membro precisar de internação, a autorização acontece de forma automática, sem espera ou preenchimento de papelada.
Ainda para este ano, a Integração Operacional prevê a estruturação de check-in diferenciado no pronto-socorro e estruturação de experiência diferenciada na internação.
Como uma Gestora de Saúde, tudo o que fazemos tem como foco o cuidado e a entrega de um atendimento realmente personalizado a cada membro. E com o VBHC, não só praticamos tudo isso, como somos capazes de medir o resultado através da sua saúde {que precisa estar sempre em dia}.
Tudo isso só é possível a partir da nossa tecnologia proprietária, que permite a interconectividade entre todos nossos parceiros. Como acontece com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz e o Hospital Israelita Albert Einstein, que, recém-chegado na casa, é referência hospitalar da América Latina com foco no cuidado integral da saúde do indivíduo.
Quem mais ganha com tudo isso: os membros Alice, ao saberem que existe um sistema inteiro olhando para a sua saúde {e não só a sua doença}.
Como explicamos ao longo da matéria, o modelo de Value-Based Health Care é baseado na entrega de bons indicadores de saúde. São esses critérios que irão definir a remuneração variável dos nossos parceiros – tudo com o objetivo de entregar o melhor cuidado para os nossos membros.
Para você entender melhor, na Alice esses indicadores foram divididos da seguinte forma:
PROM (Patient Reported Outcomes Measures), que diz respeito ao desfecho clínico pela opinião do próprio membro, ou seja, o membro avaliando sua melhora de saúde.
Indicadores clínicos e cirúrgicos, que são indicadores de segurança e indicadores internacionalmente estabelecidos que têm como objetivo mensurar os desfechos clínicos.
PREM (Patient-reported Experience Measures), que refere-se à experiência do paciente durante o procedimento – seja uma consulta, seja uma cirurgia ou internação.
Hoje, o PROM considera diversos critérios – definidos de acordo com a condição clínica apresentada –, entre eles:
Aspectos que dizem respeito aos parâmetros clínicos/hospitalares, como Infecção hospitalar (chamada de taxa de infecção do Sítio Cirúrgico), Readmissão relacionada, reoperações, Mortalidade intra hospitalar, Tempo médio de internação por procedimento e geral, entre outros.
A partir das respostas em cada um desses questionários, fazemos um cálculo que nos permitirá certificar se o desfecho clínico foi bem-sucedido – ou seja, se estamos entregando valor em saúde.
Entenda, de forma prática, o que você ganha com tudo isso
Isso já deve ter ficado claro, mas é sempre bom reforçar que todos os esforços serão feitos para entregar o melhor desfecho clínico (ou seja: saúde!) e a melhor experiência de atendimento, seja numa simples consulta, seja numa interação mais complexa. Mais do que resultados bem-sucedidos, estamos falando, por exemplo, de procedimentos menos invasivos (quando for o caso) e pós-operatórios mais tranquilos.
Aqui é uma consequência do item anterior. Com foco em garantir o melhor resultado possível em saúde e evitar o agravamento de doenças, o VBHC também atua fortemente em prevenção, o que promove uma qualidade de vida a longo prazo, reduzindo a quantidade de procedimentos e tratamentos para doenças não-crônicas, além de garantir um tratamento de melhor qualidade para doenças crônicas
A Alice vai garantir que todas as autorizações aconteçam de forma ágil e sem burocracia.
Com um modelo baseado em qualidade, o VBHC promove mais eficiência no uso de recursos, o que impacta nos custos para todos – Alice, parceiros e, claro, nossos membros.
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